10 Filmes Essenciais da Nouvelle Vague

A Nouvelle Vague francesa foi um dos movimentos mais importantes do cinema moderno. Mais do que transformar o cinema francês para sempre, as obras da Nouvelle Vague influenciaram cineastas de todo o mundo.

Confira essa lista de 10 filmes essenciais da Nouvelle Vague:
.

O SILÊNCIO DO MAR (1949) – Jean-Pierre Melville


O Silêncio do Mar foi uma espécie de precursor dos filmes da Nouvelle Vague.

Apesar de ser um filme extremamente barato, o diretor Jean-Pierre Melville conseguiu produzir uma obra esteticamente muito sofisticada. Foi um filme que mostrou que era possível fazer um longa independente e manter um direção autoral e refinada.

.
LA POINTE-COURTE (1955) – Agnès Varda

Considerado por muitos como o primeiro filme da Nouvelle Vague, a obra de Agnès Varda intercala a história de um casal com a vida cotidiana de habitantes de uma vila de pescadores do sul da França.

É um filme que já demonstra vários elementos que seriam utilizados pelos diretores do movimento, principalmente em como concilia uma abordagem realista e até mesmo documental com uma premissa dramática.

.
ASCENSOR PARA O CADAFALSO (1958) – Louis Malle

Apesar de sua trama remeter a um filme noir e a elementos do cinema clássico, o longa de Louis Malle tem um ritmo bastante dinâmico e contextualiza o espaço da cidade de maneira muito moderna.

A trilha sonora de Miles Davis se adequa muito bem a esse tom, reforçando o aspecto espontâneo do drama em cena.

.
NAS GARRAS DO VÍCIO (1958) – Claude Chabrol

Claude Chabrol foi um dos primeiros críticos da Cahiers du Cinéma a realizar um longa-metragem. O filme conta a história de um homem que volta para sua cidade natal e nela encontra um antigo amigo em um processo de autodestruição devido ao vício em álcool.

Chabrol fez um filme prático ao se aproveitar muito bem de locações externas ao mesmo tempo que preserva o drama da sua premissa.

.
OS INCOMPREENDIDOS (1959) – François Truffaut

Em um dos filmes mais icônicos do movimento, François Truffaut narra uma história de tons autobiográficos sobre um garoto rejeitado pelos pais e marginalizado pela sociedade.

Apesar de não propor grandes experimentações como Jean-Luc Godard, o filme foi marcante por seu estilo realista e lírico ao mostrar o início da jornada do personagem Antoine Doinel.

.
ACOSSADO (1960) – Jean-Luc Godard

Junto com o filme de Truffaut, este primeiro longa de Jean-Luc Godard é um dos mais conhecidos do movimento.

O cineasta não investe em um drama emocional, mas propõe uma desconstrução da linguagem a partir de uma narrativa que remete a filmes de gênero de Hollywood.

.
HIROSHIMA, MEU AMOR (1959) – Alain Resnais

Diferente da maioria dos cineastas do movimento, Alain Resnais possui uma abordagem muito mais rígida com a linguagem cinematográfica.

Apesar da montagem experimental do longa, o cineasta busca movimentos de câmera mais calculados em uma abordagem visual muito sofisticada.

.
O SIGNO DO LEÃO (1962) – Éric Rohmer

Em um tom contemplativo que pode remeter a Alain Resnais, o primeiro filme de Éric Rohmer narra a deambulação de um homem que vai morar nas ruas.

A cidade de Paris é integrada como um pano de fundo melancólico em um filme que se apropria de ambientes e situações urbanas para situar sua história.

.
ADEUS, PHILIPPINE (1962) – Jacques Rozier

O longa de Jacques Rozier pode não ter ficado tão conhecido, mas é um dos trabalhos que melhor sintetiza as características da Nouvelle Vague.

O cineasta integra elementos urbanos com uma dinâmica muito espontânea entre os personagens. Sua premissa e tom espirituoso remetem diretamente a Acossado (1960).

.
LES MAUVAISES RENCONTRES (1955) – Alexandre Astruc

Alexandre Astruc foi um teórico e cineasta extremamente influente para algumas ideias do cinema moderno.

Apesar de não fazer parte, oficialmente, do grupo de diretores da Nouvelle Vague, seus filmes e suas ideias influenciaram diretamente essa geração.

Filmes como Les mauvaises rencontres (1955) e Une Vie (1958) ilustram muito bem o pensamento formal desse artista, principalmente em como as obras se utilizam de planos sequências e movimentos de câmera muito metódicos.